quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sabe de uma coisa?

Eu nunca fui a garota mais bonita da turma, nem a mais inteligente, nem a mais popular ou a mais irreverente.
Nunca fui a mais santa, nem a mais dedicada. Nunca fui a melhor em nada que eu já tenha feito. Também nunca fui a pior (tá, a não ser em ed. física).
Nunca fui aquela que os caras cobiçam e as garotas invejam. Mas também nunca passei desapercebida.
Nunca fui a garota delicada de sorriso fácil de quem todos gostam. Ao contrário, a primeira vista costumam dizer que eu pareço séria demais e um tanto quanto arrogante e, apesar disso, sempre tive alguns bons amigos que tiveram a paciência de esperar eu me abrir e perceber que eu não era tão ruim assim, e que definitivamente não sou tão séria.
Eu nunca fui perfeita, em nada. Eu nunca tive uma vida perfeita, definitivamente.
Mas a verdade é que eu não me importo. Pelo contrário, essa "perfeição" me incomoda, sempre incomodou.
Sempre gostei de gente que pareça gente, não boneco. Que tenha uma gordurinha a mais, uma cicatriz ali ou um pouco de celulite. Que tenha defeitos.
Os defeitos humanizam as pessoas. As marcas também. E não há nada de errado em ser imperfeito.
Me incomoda ver aquelas mulheres das revistas que parecem moldadas. Magras, lindas de peles perfeitas. Parece que se vc tentar tocá-las não vai conseguir pois elas são como uma projeção. Uma projeção de tudo o que vivem nos dizendo que é o "ideal". Mulheres perfeitas.
Mas eu não.

1 comentários:

Unknown disse...

cicatrizes visiveis e invisiveis...
essas sim humanizam e nao tem photoshop ou sorrisos forçados que fazem elas sumirem do olhar e da experiencia vivida que ele passa...



sempre desconfiei de pesoas sorridentes demais e simpaticas ao extremo.

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