quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Rascunhos

One more night I wake up
Feeling your smell on the pillow
I close my eyes and I feel you
I can imagine your eyes staring me in that way
Consuming me, loving me
That same brown eyes in which I've lost myself
Because
So far and so near
Your taste still sleeps on my lips

Encontrei esse meu rascunho perdido em um bloquinho por aqui. Não é muito bom, e nem está concluído, mas achei válido documentá-lo, até pq faz tempo que eu não posto nada...

Um beijo!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reflections of a Skyline

Ok, esse vídeo amolece o coraçãozinho até de pessoas como eu.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Vivendo e aprendendo...

Quando nascemos, a primeira coisa que aprendemos é a abrir os olhos e enxergar o mundo. No começo a claridade que neles refletem arde e faz chorar, mas em poucas horas já estamos habituados a ela, e ela não incomoda mais.

Depois disso, um batalhão de descobertas, uma após a outra: Sentar-se, andar, falar, comer, escrever, multiplicar, dirigir.... e em cada época, em cada fase da vida há muito o que se aprender. E você aprende, mesmo que por simples processo osmótico. Aprende-se só de levantar-se da cama, dia após dia, e ir "viver".

Mas eu sempre quis mais, eu sempre quis muito! Eu sempre quis tanto a ponto de me esgotar fisicamente, a fim de aproveitar todo o tempo que tenho pra aprender coisas. Meu pai vive dizendo "Menina, você quer agarrar o mundo com as mãos! vá com calma, você é muito jovem..."

Eu fico pensando até que ponto ele tem razão. As vezes sinto que estou dando voltas. Eu quero fazer tantas coisas de uma vez, que em geral acabo ficando apenas "mediana" em tudo, porque não tenho tempo de me dedicar a ponto de me aprofundar de verdade. Outras vezes penso que por ser ainda muito jovem estou testando. Provando uma coisa e outra, pisando aqui e ali pra ver o que realmente me interessa e no momento certo vou conseguir priorizar as coisas, e me aperfeiçoar nas que escolher. E outras vezes ainda coloco toda a culpa no meu sígno e pronto: Geminiana dos infernos! TINHA que ser indecisa assim.

Uma coisa é certa: existe MUITO na vida pra se aprender, e o tempo é curtíssimo. Se eu vivesse 200 anos com a disposição dos meus 20 atuais, ainda assim me faltaria tempo pra aprender tudo o que eu gostaria. E por isso não gosto de perder tempo. Mesmo que tenha que sacrificar algumas coisas por isso, mesmo que vários desses aprendizados eu só queira por satisfação pessoal. E eu espero mesmo ser assim a vida toda.

Sei que tenho sede, e tenho pressa, eu quero tudo! E só sei ser assim.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

I'm nobody

I'm Nobody! Who are you?
Are you Nobody, too?
Then, there's a pair of us?
Don't tell! They'd advertise, you know!

How dreary to be Somebody!
How public, like a Frog
To tell one's name the livelong june
To an admiring bog!

(Zeca Baleiro)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Vitória argentina!

A Argentina se converteu hoje no primeiro país da América Latina a autorizar o casamento entre homossexuais, com uma histórica e looonga votação no Senado.
Apesar da pressão de grupos católicos contra a aprovação da lei ela finalmente saiu, garantindo não só o direito ao matrimônio, como a todos os direitos de casais heterossexuais, como a ADOÇÃO, herança, benefícios sociais...

Depois de um comecinho de manhã mal humorada, ler algo assim me deixou muito feliz e emocionada, de verdade. Ver o reconhecimento dessas uniões que ocorrem há tantoo tempo mesmo que informalmente, assim como o reconhecimento de direitos iguais a todos, apesar da resistência de certos grupos, mostra que as coisas estão mudando. A visão de mundo está mudando e toda a luta tem valido a pena.

A Argentina é o décimo país do mundo a aprovar essa lei, depois da Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá,Africa do Sul, Noruega, Suécia, Portugal e Islândia. Ainda é pouco, mas um bom começo. Acredito também que esses países servirão de modelo para outros, que acabarão por adotá-la mais facilmente. Ao menos é o que espero.



Espero o dia em que todos serão iguais,
E que homens e mulheres, de corpo ou só de mente,
E brancos e pretos, amarelos e vermelhos,
E cristãos, e judeus e espiritualistas,
Sejam vistos e tratados apenas como gente.
Gente feita de carne e osso,igual a gente.
Que se tenha a consciência de que cada um tem a sua dor,
E que não é pq a minha dor não é igual a do outro
que ela não é tão importante quanto.
Espero e luto por respeito, por igualdade.
E não adianta me dizer que é impossível,
porque eu não acredito em nada imutável.
Porque eu acredito na capacidade de adaptação dos homens
E principalmente acredito no amor.
Porque TODA e QUALQUER forma de amor vale a pena.




E tenho dito!

=PP

quarta-feira, 23 de junho de 2010

E por falar em sexo...

E por falar em sexo, quem anda me comendo é o tempo.
Na verdade faz tempo, mas eu escondia pq ele me pegava a força e por trás. Até que um dia resolvi encará-lo de frente e disse:
- Tempo, se você tem que me comer que seja com o meu consentimento e me olhando nos olhos...
Eu acho que ganhei o tempo. De lá pra cá ele tem sido bom comigo. Dizem que ando até remoçando!



Eu acho que a vida anda passando a mão em mim
Eu acho que a vida anda passando
Eu acho que a vida anda
A vida anda em mim
A vida anda
Eu acho que há vida em mim
Há vida em mim
Acho que a vida anda passando
A vida anda passando a mão em mim.


(Viviane Mosé)

Dar não é fazer amor!


Dar não é fazer amor.
Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar
Experimente ser amado...

(Luíz Fernando Veríssimo)



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Fica a dica! Hahaha

Acho que ando pensando demais em sexo...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sabe de uma coisa?

Eu nunca fui a garota mais bonita da turma, nem a mais inteligente, nem a mais popular ou a mais irreverente.
Nunca fui a mais santa, nem a mais dedicada. Nunca fui a melhor em nada que eu já tenha feito. Também nunca fui a pior (tá, a não ser em ed. física).
Nunca fui aquela que os caras cobiçam e as garotas invejam. Mas também nunca passei desapercebida.
Nunca fui a garota delicada de sorriso fácil de quem todos gostam. Ao contrário, a primeira vista costumam dizer que eu pareço séria demais e um tanto quanto arrogante e, apesar disso, sempre tive alguns bons amigos que tiveram a paciência de esperar eu me abrir e perceber que eu não era tão ruim assim, e que definitivamente não sou tão séria.
Eu nunca fui perfeita, em nada. Eu nunca tive uma vida perfeita, definitivamente.
Mas a verdade é que eu não me importo. Pelo contrário, essa "perfeição" me incomoda, sempre incomodou.
Sempre gostei de gente que pareça gente, não boneco. Que tenha uma gordurinha a mais, uma cicatriz ali ou um pouco de celulite. Que tenha defeitos.
Os defeitos humanizam as pessoas. As marcas também. E não há nada de errado em ser imperfeito.
Me incomoda ver aquelas mulheres das revistas que parecem moldadas. Magras, lindas de peles perfeitas. Parece que se vc tentar tocá-las não vai conseguir pois elas são como uma projeção. Uma projeção de tudo o que vivem nos dizendo que é o "ideal". Mulheres perfeitas.
Mas eu não.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Para uma avenca partindo

Olha, antes do ônibus partir eu tenho uma porção de coisas pra te dizer, dessas coisas assim que não se dizem costumeiramente, sabe, dessas coisas tão difíceis de serem ditas que geralmente ficam caladas, porque nunca se sabe nem como serão ditas nem como serão ouvidas, compreende? Olha, falta muito pouco tempo, e se eu não te disser agora talvez não diga nunca mais, porque tanto eu como você sentiremos uma falta enorme dessas coisas, e se elas não chegarem a ser ditas nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos com tudo que existimos, porque elas não foram existidas completamente, entende, porque as vivemos apenas naquela dimensão em que é permitido viver, não, não é isso que eu quero dizer, não existe uma dimensão permitida e uma outra proibida, indevassável, não me entenda mal, mas é que a gente tem tanto medo de penetrar naquilo que não sabe se terá coragem de viver, no mais fundo, eu quero dizer, é isso mesmo, você está acompanhando meu raciocínio? Falava do mais fundo, desse que existe em você, em mim, em todos esses outros com suas malas, suas bolsas, suas maçãs, não, não sei porque todo mundo compra maçãs antes de viajar, nunca tinha pensado nisso, por favor, não me interrompa, realmente não sei, existem coisas que a gente ainda não pensou, que a gente talvez nunca pense, eu, por exemplo, nunca pensei que houvesse alguma coisa a dizer além de tudo o que já foi dito, ou melhor pensei sim, não, pensar propriamente dito não, mas eu sabia, é verdade que eu sabia, que havia uma outra coisa atrás e além das nossas mãos dadas, dos nossos corpos nus, eu dentro de você, e mesmo atrás dos silêncios, aqueles silêncios saciados, quando a gente descobria alguma coisa pequena para observar, um fio de luz coado pela janela, um latido de cão no meio da noite, você sabe que eu não falaria dessas coisas se não tivesse a certeza de que você sentia o mesmo que eu a respeito dos fios de luz, dos latidos de cães, é, eu não falaria, uma vez eu disse que a nossa diferença fundamental é que você era capaz apenas de viver
as superfícies, enquanto eu era capaz de ir ao mais fundo, você riu porque eu dizia que não era cantando desvairadamente até ficar rouca que você ia conseguir saber alguma coisa a respeito de si própria, mas sabe, você tinha razão em rir daquele jeito porque eu também não tinha me dado conta de que enquanto ia dizendo aquelas coisas eu também cantava desvairadamente até ficar rouco, o que eu quero dizer é que nós dois cantamos desvairadamente até agora sem nos darmos contas, é por isso que estou tão rouco assim, não, não é dessa coisa de garganta que falo, é de uma outra de dentro, entende? Por favor, não ria dessa maneira nem fique consultando o relógio o tempo todo, não é preciso, deixa eu te dizer antes que o ônibus parta que você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente, você não cresceria se eu a mantivesse presa num pequeno vaso, eu compreendi a tempo que você precisava de muito espaço, claro, claro que eu compro uma revista pra você, eu sei, é bom ler durante a viagem, embora eu prefira ficar olhando pela janela e pensando coisas, estas mesmas coisas que estou tentando dizer a você sem conseguir, por favor, me ajuda, senão vai ser muito tarde, daqui a pouco não vai mais ser possível, e se eu não disser tudo não poderei nem dizer e nem fazer mais nada, é preciso que a gente tente de todas as maneiras, é o que estou fazendo, sim, esta é minha última tentativa, olha, é bom você pegar sua passagem, porque você sempre perde tudo nessa sua bolsa, não sei como é que você consegue, é bom você ficar com ela na mão para evitar qualquer
atraso, sim, é bom evitar os atrasos, mas agora escuta: eu queria te dizer uma porção de coisas, de uma porção de noites, ou tardes, ou manhãs, não importa a cor, é, a cor, o tempo é só uma questão de cor não é? Por isso não importa, eu queria era te dizer dessas vezes em que eu te deixava e depois saía sozinho, pensando também nas coisas que eu não ia te dizer, porque existem coisas terríveis, eu me perguntava se você era capaz de ouvir, sim, era preciso estar disponível para ouvi-las, disponível em relação a quê? Não sei, não me interrompa agora que estou quase conseguindo, disponível só, não é uma palavra bonita? Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender, melhor, claro que eu dou um cigarro pra você, não, ainda não, faltam uns cinco minutos, eu sei que não devia fumar tanto, é eu sei que os meus dentes estão ficando escuros, e essa tosse intolerável, você acha mesmo a minha tosse intolerável? Eu estava dizendo, o que é mesmo que eu estava dizendo? Ah: sabe, entre duas pessoas essas coisas sempre devem ser ditas, o fato de você achar minha tosse intolerável, por exemplo, eu poderia me aprofundar nisso e concluir que você não gosta de mim o suficiente, porque se você gostasse, gostaria também da minha tosse, dos meus dentes escuros, mas não aprofundando não concluo nada, fico só querendo te dizer de como eu te esperava quando a gente marcava qualquer coisa, de como eu olhava o relógio e andava de lá pra cá sem pensar definidamente e nada, mas não, não é isso, eu ainda queria chegar mais perto daquilo que está lá no centro e que um dia
destes eu descobri existindo, porque eu nem supunha que existisse, acho que foi o fato de você partir que me fez descobrir tantas coisas, espera um pouco, eu vou te dizer de todas as coisas, é por isso que estou falando, fecha a revista, por favor, olha, se você não prestar muita atenção você não vai conseguir entender nada, sei, sei, eu também gosto muito do Peter Fonda, mas isso agora não tem nenhuma importância, é fundamental que você escute todas as palavras, todas, e não fique tentando descobrir sentidos ocultos por trás do que estou dizendo, sim, eu reconheço que muitas vezes falei por metáforas, e que é chatíssimo falar por metáforas, pelo menos para quem ouve, e depois, você sabe, eu sempre tive essa preocupação idiota de dizer apenas coisas que não ferissem, está bem, eu espero aqui do lado da janela, é melhor mesmo você subir, continuamos conversando enquanto o ônibus não sai, espera, as maçãs ficam comigo, é muito importante, vou dizer tudo numa só frase, você vai ......... ............ ............. ............ .......... ........... ............. ............ ............ ............ ......... ........... ............ ............ sim, eu sei, eu vou escrever, não eu não vou escrever, mas é bom você botar um casaco, está esfriando tanto, depois, na estrada, olha, antes do ônibus partir eu quero te dizer uma porção de coisas, será que vai dar tempo? Escuta, não fecha a janela, está tudo definido aqui dentro, é só uma coisa, espera um pouco mais, depois você arruma as malas e as botas, fica tranqüila, esse velho não vai incomodar você, olha, eu ainda não disse tudo, e a culpa é única e exclusivamente sua, por que você fica sempre me interrompendo e me fazendo suspeitar que você não passa mesmo duma simples avenca? Eu preciso de muito silêncio e de muita concentração para dizer todas as coisas que eu tinha pra te dizer, olha, antes de você ir embora eu quero te dizer quê.
(Caio Fernando Abreu)
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Eu sei que o texto é comprido mas vale muito a pena. Leia sem pressa e sem preguiça, saboreando cada palavra. É incrível.
Resolvi postá-lo porque é o meu favorito do Caio que é, até o momento, o meu escritor favorito.
Há alguns dias venho tentando escrever aqui, mas não consigo concluir nenhum pensamento incoerente, quem dirá um coerente. Haha. Sabe quando você quer muito escrever e não sai nada? Pois é... to mais ou menos assim esses dias... então deixo por enquanto as palavras dele, que são certamente mais bonitas que as minhas e assim que tiver algum lápso de inspiração eu escrevo xP.
Beijos!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Voltando a rotina...

Depois de passar apenas 4 dias no sul, ainda é difícil pra mim retornar a rotina. É mais ou menos como despertar de um sonho muito bom, com a diferença de que não se tratava de um sonho.
E digo isso não porque as coisas estejam ruins, pelo contrário, acho que estou numa fase muito boa, com projetos com o Teatro de Torneado e fazendo circo, coisas que me deixam absolutamente feliz, me fazem sentir mais humana, me fazem sentir que não tenho apenas existido, deixando os dias passarem em vão. Não, através dessas possibilidades deixo minha marca no mundo, tenho a chance de modificá-lo de alguma forma, mesmo que seja uma gota no oceano. Em troca, adquiriro dessas experiências compreensão sobre o mundo, sobre as pessoas ou qualquer outra descoberta.
Mas a parte isso, esses dias (3 em Porto Alegre e 2 em Gramado) me trouxeram uma nova perspectiva de felicidade, me deixaram com uma sensação de completude, ao mesmo tempo que me acovardaram um pouco. Sinto que voltei meio desencorajada a enfrentar a rotina novamente, o trânsito, o trabalho, as pessoas, a loucura da cidade. Sei que todo lugar tem problemas e não adianta eu me enganar, mas a verdade é que de repente me vi tão feliz, num lugar 'certo' e com a pessoa certa.
Essa é, inclusive, uma frustração da qual eu não consigo me libertar. A idéia de ter que conviver diariamente com pessoas as quais não faço a mínima questão, enquanto sou obrigada a viver longe de quem me faz mais feliz. É cruel ter que conviver com a ausência, mesmo que temporária, mesmo que seja apenas uma ausência física.
Foi-se o tempo do amor, foi-se o tempo do amor sem limites em lugares improváveis, de felicidades absolutas encontradas em coisas simples como chegar do trabalho e ter o namorado esperando em casa, dormir e acordar com ele.
E até que esse "tempo" retorne a mim, me agarro ao que tenho aqui, faço da ânsia por me 'suprir' disso combustível pra dar o melhor de mim pra Ilse (do "Primavera"), pra mulher da montagem com a Rose e pras minhas acrobacias circenses. E que o tempo voe!
Ao som de: Semana que vem - Teatro Mágico

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Apresentações

Bem, eu sei que não precisava de uma apresentação mas acho que sou um pouco metódica. Hahaha. Então me deixa. =P
Na verdade eu só quero responder uma questão que talvez surja, a qual eu tive que responder a mim mesma: Por que resolvi ter um blog nesse momento da vida?
Vinha pensando nisso há tempos, mas por um motivo ou outro acabava deixando pra mais tarde. Tinha a mais absoluta certeza que ia acabar abandonando-o logo, ou que ninguem teria paciência de ler.
Mas a verdade é que já tive um blog, o qual escrevia com um pseudônimo e que não era divulgado. Algo que eu pudesse apenas postar meus textos e receber no máximo alguns comentários de desconhecidos sobre eles. Um blog pra mim mesmo.
Como atriz e como geminiana que sou, sinto necessidade de exteriorizar tudo, mesmo que de formas "alternativas".
Então a resposta para o questionamento acima é simples: Agora tenho coragem de me expor. E mais do que coragem, agora eu QUERO me expor. Talvez me sinta mais segura pra isso, ou talvez a necessidade seja exatamente essa.
Aos poucos vou colocando aqui alguns textos do antigo blog. E, claro, como blog de uma geminiana de múltipla personalidade, aqui você encontrará posts sérios, posts totalmente inúteis, posts engraçados...
Então sejam bem vindos! As portas estão abertas a comentários, críticas, elogios.. ou simplesmente a uma visita.
Beijos!

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